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Cicatrizando

Convivendo com a Fibromialgia e problemas psicoemocionais.

Como disse Juvenal, o poeta romano: “Mens sana in corpore sano” (Mente sã em um corpo sã). Estou aqui buscando exatamente isso. O em busca da minha cura e cicatrizando.com é um veículo que encontrei para externar o que estou sentindo e vivendo. Além do desabafo que ajuda a aliviar, quero mostrar as(os) leitoras(es) que não estão sozinhas(os), sei que ninguém nos compreende, aqui podemos trocar experiências e ajudarmo-nos uma as outras (uns aos outros). Dedique alguns momentos para ler os meus posts e  compartilhar a sua história.

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Foto do escritorTiane d'Souz

Um belo dia eu resolvi mudar...


Ainda não sei qual o trauma psicológico que fez aparecer a FIBRO S/A (FIBROmialgia e Sintomas Associados), mas lembro-me como começaram as dores, maios ou menos em 2006 ou 2007. Primeiro foram as dores nos punhos, confundidas com tendinites que teoricamente estavam irradiando para braços e ombros. Gastrite nervosa, e posteriormente um "problema de circulação" com formigamento e dormência nos membros inferiores. Sem contar os alto e baixos do "humor", até então eu achava que podia controlar o emocional sozinha, e o fiz. A tendinite piorou em 2009, melhorou com a saída do trabalho onde tinha digitação. Com o nascimento do filho, em 2013, senti a tal tendinite novamente com o peso do bebê me meus braços. Mas, foi no final de 2019, após um ano lutando com a dor em meios aos estudos do curso técnico que eu tive certeza que algo não estava nada bem. Agora a dor era generalizada e eu estava em constante atividade, visto que em 2018 fiz exame de faixa e passei a seguinte no karatê. Se não era sedentarismo, o que era afinal?

2020 chegou e a expressão "chegar ao fundo do poço" se mostrou fichinha para o que eu estava vivendo. Simples já não vivia, pouco eu dormia fazia tempo, porém, agora a média menos que 4h de sono por dia e não era contínuo com maior duração de 1h, passando o dia inteiro praticamente na cama. A noite tentar fazer algo com e por minha família, Só comia uma fez por dia com muita insistência do marido. Em outubro do mesmo ano resolvi que não tinha mais como continuar. E como um milagre minha irmã conseguiu um reumatologista para minha mãe e quis saber se eu também queria marcar. Como último recurso fui. E me deu a triste notícia da FIBRO S/A, Eu quis negar, não aceitava ter uma doença incurável. Meu mês de luto passou e pensei: eu não vou morrer por agora, então é melhor reagir. Comecei a virar a página, Fiz vários exames e descobri que meu físico está muito bem, obrigada. E que minha FIBRO S/A é de origem psicológica e comecei o tratamento. Não, não são flores, todavia, tenho ver o lado bom das coisas. Meu marido é uma pessoa que não acreditava em doença psicoemocional e tem se transformado em alguém compreensível e dedicado. Tenho dois filhos maravilhosos que fazem questão de demonstrar o quando me amam e carinhos mil. O apoio deles foi fundamental, Os três me mostraram que eu tenho por quem lutar. Com uma extrema fé e amor a Deus consegui meus pilares, colunas de sustentação.

Ontem tive um dia muito especial, minha família me acompanhou no médico, vacina e decidiram passar a tarde comigo, depois de dois anos em lockdown, foi muito bom tê-los comigo num ambiente salutar. Agora é continua essa lutar e lembrar que a vida é bela, por mais difícil que esteja e que temos motivos por quem e porque seguir em frente

Tiane d'Souz


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