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Cicatrizando

Convivendo com a Fibromialgia e problemas psicoemocionais.

Como disse Juvenal, o poeta romano: “Mens sana in corpore sano” (Mente sã em um corpo sã). Estou aqui buscando exatamente isso. O em busca da minha cura e cicatrizando.com é um veículo que encontrei para externar o que estou sentindo e vivendo. Além do desabafo que ajuda a aliviar, quero mostrar as(os) leitoras(es) que não estão sozinhas(os), sei que ninguém nos compreende, aqui podemos trocar experiências e ajudarmo-nos uma as outras (uns aos outros). Dedique alguns momentos para ler os meus posts e  compartilhar a sua história.

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Foto do escritorTiane d'Souz

Montanha Russa ou Roleta Russa?

Atualizado: 5 de ago. de 2023

Eu amava MONTANHA RUSSA, já faz muito tempo que não vou, infelizmente não sei em qual "brincadeira russa" me encontro, sei que ambas são extremamente perigosas.

Como disse lá no início, amava a adrenalina correndo nas veias, vitalidade, o misto de emoções com o sobre, desce, loops e a velocidade como tudo passava, mudava. Gritos de alegria, medo, o segurar das mãos com a pessoa ao lado e acalmá-la com um toque caloroso. Parece que vive isso tudo numa outra era, tão distante que tenho impressão de ser mais um desejo que uma lembrança real.

Não sei o que e/ou quais as coisas que causaram mais devastação no meu ser. Tem aproximadamente três meses que não escrevo, não apenas aqui. Parei de fazer outra coisas que amo, não estou mais ministrando aulas aos meu tão queridos e amados jovens. Nada de diários, A queda brusca de minhas leituras, para quem não sabe eles já salvaram minha vida mais de uma vez, se consegui ler quinze foi muito, e não pense que estou me vangloriando, já li um ou dois a cada dois dias. Palavras de incentivos ou bilhetinhos amorosos, parei todos os projetos e ideias em curso ou iniciantes, assim como me dói ter que recolher os livros do projetos social de incentivo a leitura com meu pequeno acervo da biblioteca, do jornal social com as notícias e eventos semanais da comunidade, esquecer minha dor e abraçar aqueles que sofrem... Talvez o pior foi me perder nisso tudo.

Que não entendeu ainda, além da fibromiálgica, fui presenteada com depressão maior e transtorno de ansiedade generalizada. Sendo sincera, não sei quem desencadeou o que. A única certeza é que demoraram muito de saber o que eu tinha, de um dos eventos mais traumáticos para atual data são vinte anos, com a terapia, percebi que já tinha sinais significativos de possível problema ser juvenil ou até mesmo infantil. Não sendo tão conhecida agora que temos internet, acesso as informações em um clique e aproximadamente 2,5% da população mundial, sem esquecer que essa é uma das doenças menos notificadas, até pouquíssimo tempo atrás era "preguiça, fingimento..." Ainda bem que algumas celebridades falaram sobre isso, Lady Gaga tem meu respeito por fazer pessoas procurarem aprender o que é.

Divaguei demais e não disse o principal, a associação das "brincadeiras perigosas" russas.

Com essa inconstância na dor, no sono, no humor, entre crise e tentativas de qualidade de vida já que não tem cura... Esse sobe e desce tão rápido, repentino e loops, traz consequências terríveis, a cada crise não é apenas um momento de dor intensa que você ingere um analgésico e logo passa. Não, nunca é. Somos organismos complexos, isso inclui a dor que não se ver: EMOCIONAL, PSIQUICA e o PRÓPRIO SER.

Cada crise leva um pouquinho de nós, nossa alma, nossos sonhos, nossa chama de vida, as vezes olhamos e só em um vácuo, nem o nada restou. Dizem que tenho o pior tipo de depressão grave, a depressão disfarçada, que parece está tudo bem, todavia, na realidade o meu interior está pior que uma visão pós apocalíptica. E são nesses momentos em que saltei da montanha para a roleta.

Não somos tão forte quanto pode parecer, e nem tão frágil assim, mas alguém que a cada acordar precisa primeiro juntar os caquinhos, nem sempre o quebra cabeça sai perfeito. Um novo mosaico a cada no instante.

Não sei para outro, infelizmente, apesar de ter um domínio, ele não é um besteirol do "kti tok" logo, não está na mídia.

Eu sou muito grata pela família que tenho, meu lar, os amigos, tenho uma vida confortável, não sou da nata da sociedade e nem estou a margem dela. Não tenho acesso a todos os tratamentos que talvez precise, porém, tenho os essenciais. Conquistei muito do que sonhei e outras que nem imaginei, no entanto, a felicidade são momentos de alegrias intercalada com desafios. Contudo, acho que ninguém está preparado para que tua vida laboral acabe antes da cronológica, tão fugaz, minha maior vaidade, as minha curvas (sulcos encefálicos) e as sinapses super ativas. Bem, além da fibromialgia, os remédios também prejudicam cognição, memória, divagações, confusões mentais. Sem falar dos super poderes, não! Super sentidos, não fez nenhuma para você, fotofobia, super tato, e o estresse ainda traz dermatites, sensibilidade aguda ao toque, na audição também. Agora entendo perfeitamente quando um autista coloca as mãos nas orelhas grita e faz movimentos repetitivos, e o labirinto te pregando peças? tontura e confusão mental e geolocalização. Melhor parar antes que enlouqueça alguém comigo, pois isso que pensei que ira acontecer nesses meses, até hoje me assusto de tremer com fogo de artificio, Viva são João!

Não quero que você tenha pena, mas seja empático com as outras pessoas, cada uma sabe a luz e trevas que carrega. Apesar de em uns quatro loops eu ter colocado a bala, Graças a Deus que tive porquê e por quem não puxar o gatilho.

VOCÊ NÃO ESTÁ SÓ. Assim como estou aqui contigo, Não sei a intensidade de tua dor, outrossim, sei que pode está além de nossas força. se precisar, me chame, te darei a mão e ouvirei você, sei que é difícil, mas quis fazer da minha dor um ato de amor!

Tiane d'Souz

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