Incrível como foi a sessão de terapia, nunca ninguém conseguiu me fazer abrir o meu universo particular, nunca ninguém navegou tão fundo e em tão pouco tempo. Foi uma conexão extraordinária e única. Eu já havia tentando outras vezes terapia e não foi como essa, Como aconteceu, me senti segura, calma e tranquila para abrir minha alma. Na realidade, parecia que ela pedia por isso, esperava por isso.
Estranho foi a dor de entrar no meu íntimo, conhecer coisas eu “movi para lixeira“ e descobrir que não foram excluídas. Sensações e sentimentos que não esperava encontrar, me deparei com uma eu que não deveria existir. Vulnerável, Frágil por tudo que sofreu, que precisa de cuidados.
Sempre aprendi com as dificuldades, os sofrimentos me fortaleceram, eu quem cuido de todos, aí me mostram que toda essa carga armazenada ruiu minha estrutura e agora eu quem precisa de mim, que tenho que cuidar do eu, frear e começar aos pouquinhos. Sem esquecer que sou humana e que também mereço cuidados. Apesar de segura de mim, não posso ser esponja absorvendo e gerindo os problemas alheios, que nem tudo que fazem contra mim possa trespassar minh’alma.
Estou aprendendo a viver com esse novo ser que sou, aprender a olhar para mim e me enxergar como humana, não mais como “aquela que irá resolver tudo”. Não posso cuidar de todos e esquecer de mim.
Para ajudar alguém a ficar bem, tenho que estar e permanecer bem. Afastando-me de tudo que é tóxico para mim, pelo menos até que eu fique imune aquele “veneno“.
A melhor parte, é que agora sou uma “astronauta“ da NASA, estou em missão assistida e orientada. Não vou me perder em mim novamente!
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