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Cicatrizando

Convivendo com a Fibromialgia e problemas psicoemocionais.

Como disse Juvenal, o poeta romano: “Mens sana in corpore sano” (Mente sã em um corpo sã). Estou aqui buscando exatamente isso. O em busca da minha cura e cicatrizando.com é um veículo que encontrei para externar o que estou sentindo e vivendo. Além do desabafo que ajuda a aliviar, quero mostrar as(os) leitoras(es) que não estão sozinhas(os), sei que ninguém nos compreende, aqui podemos trocar experiências e ajudarmo-nos uma as outras (uns aos outros). Dedique alguns momentos para ler os meus posts e  compartilhar a sua história.

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Foto do escritorTiane d'Souz

Onde está você?




Eu preciso de uma amiga que cole comigo, mas que não seja fura olho. Alguém para confiar e trocar ideia. Pior que não me sinto segura com ninguém ao meu redor neste momento, as que mais simpatizo são muito ocupadas com trabalho ou filhos. E perdi a confiança nos humanos. E meu ciclo de confiança é extremamente restrito. E apenas dois sabem quase tudo de mim. Além de ocupados, um até o fuso horário atrapalha e o outro que é meu marido não tem sensibilidade alguma para transtornos psico emocionais.


Sendo que fica mais difícil depositar ainda mais cargas nele, são os MEUS problemas emocionais e existenciais. Quem me entende, além do fuso horário e tempo que ele não tem, não quero ser aquilo que detesto, amiga que só fala dos problemas, apesar de saber, raramente deixo claro a dimensão. E a distância também atrapalha, não tem nem como sair para espairecer.


Na grande maioria, são coisas pequenas, todavia, são monstros, dragões alados prestes a me devorar. Creio que o meu ostracismo foi violento de tal forma que me tornei pequeníssima. Como um buraco negro que já foi uma estrela, porém guardo tudo em si, espero que quando saia seja uma supernova, voltando a ser uma estrela e emanar apenas luz e calor (positividade). Infelizmente agora até quaisquer pequena luz que seja é devorada na minha escuridão.


Desculpe-me por importunar, contudo só tenho vocês para me abrir dessa maneira e que aja compreensão sem preocupações alarmantes.

Voltei ao ponto que já não sei o que dói, apenas não passa a dor, quer seja física, psíquica e ou principalmente emocional.

Não me falta fé, no entanto falho na esperança.


É incrível que sempre “odiei” bebidas alcoólicas e corro risco de ter cirrose. Lesões nos joelhos e ombros (apesar de fazer exames em apenas um de cada, os que mais doem), agora quase rolei escada abaixo com o entregador do Amazon que não me ouviu direito e ficou gritando meu nome.

Quero desistir, às vezes penso que seria melhor não ter tamanho testemunho em Cristo e força espiritual. Acabaria o sofrimento físico, pelo menos um sanaria.


Não sei até quando vou aguentar. De verdade, só não estou oca pela trevas e vácuo que quer preencher tudo pela faíscas de luz em minha vida. Não sei até quando minhas âncoras vão me prender neste plano.

Dou-te minha palavra de honra não enxergo a solução, mesmo tentando me prender como hera no grande amor por algumas pessoas, é muito sofrimento pra suportar. Só me segurei que não finalizaria minha existência física por elas, só resolveria apenas as dores do corpo.


Talvez tudo seja tão intenso, por nunca ter espaço para sentir por mim.

Como se eu não existisse, sei que estou aqui e quem amo, são escolhas próprias, entretanto sofri incisões e imposições que colocaram tantas coisas em mim (mente, corpo, alma e coração). Como se eu fosse um Cyborg. Outrossim, faz tantos anos essa fusão que já não sei totalmente quem é natural e quem é a programação.

Quais decisões são verdadeiramente minhas e o que é um regra tão antiga ao ponto de pensar ser natural.


São poucos que sei serem realmente minhas, são as que tenho certeza ir contra correntes, desafiando o sistema.

É tão difícil expressar tudo que misturou-se em mim. Me sinto como uma barata, os sistemas são todos juntos, não tem separação do digestivo, circulatório, nervoso… É apenas uma gosma nojenta dentro de si.


Quero que aqui ajude a todas(os) que passam por algo parecido ou até os mesmo transtornos e enfermidades, infelizmente alto e baixo faz parte do processo, meu intuito nunca foi romantizar como todos fazem, só quem vive entende, mas nunca são iguais, somos indivíduos exclusivos. Por tanto, nossas dores, sensações e intensidade.


Desculpe-me ser tão negativa essa fez, gosto de passar que dói e ter esperança.

Contudo hoje preciso apenas saber que estou falando com alguém, e não apenas papéis ou arquivos. Ter alguém que entende, abrace forte e diga que tudo ficará bem, ela pode me acompanhar nesse processo.


Gratidão!

Tiane d'Souz

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