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Cicatrizando

Convivendo com a Fibromialgia e problemas psicoemocionais.

Como disse Juvenal, o poeta romano: “Mens sana in corpore sano” (Mente sã em um corpo sã). Estou aqui buscando exatamente isso. O em busca da minha cura e cicatrizando.com é um veículo que encontrei para externar o que estou sentindo e vivendo. Além do desabafo que ajuda a aliviar, quero mostrar as(os) leitoras(es) que não estão sozinhas(os), sei que ninguém nos compreende, aqui podemos trocar experiências e ajudarmo-nos uma as outras (uns aos outros). Dedique alguns momentos para ler os meus posts e  compartilhar a sua história.

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Foto do escritorTiane d'Souz

Onde está o fio e quais devemos organizar primeiro em novelos?


Já ouviram o provérbio que diz: "de médico e louco todos tem um pouco."? Essa é a pior parte, além de todo o sofrimento psicoemocional, físico, ainda tem que atura a ignorância das pessoas, quando digo ignorância é literal, não sabem o que, nunca sentiram nada parecido, nem leram nada. No entanto, tem solução para tudo, não sei como a vida dessas pessoas não é uma maravilha, o final feliz para sempre dos contos de fada.


São tantas pontas soltas, inúmeras limitações que não tinha, e de repente minha vida vira de pernas para o ar. A doença não chegou de uma hora para a outra. Só que os sinal não eram bem definidos e nenhum médico realmente de interessou, vamos ser sinceros, dificilmente encontramos um que realmente queira fazer o que jurou para curar e salvar vidas, não apenas prescrever remédios paliativos e exames às vezes até fora do contexto. São quase 20 anos, de o abuso sexual foi o gatilho, ou ainda mais e elesó agravou com o supracitado abuso.


Voltando as perguntas abordadas no título e imagem, algo ou alguém puxou e desfez a tua vida que chamarei de "peça de crochê". Ela era cheia de detalhes lindos e bem colorida, cores alegre, e outras um pouquinho em tons pasteis ou frias. Isso não importava, ela era vibrante, intensa como você, realmente era a representação da tua personalidade. O problema é que como tudo que é rico em detalhes é complexo. Você não sabe como, mas várias partes estão desfeitas, com os fios embolados, alguns estão apenas soltou e embolados, mas a maioria, além de desfeitos, e embolados, eles estão de limitando, amarrando como cordas. Você puxou alguns na tentativa de desembola e desamarrar, porém se prendeu e apertou mais, ficou sufocante, Procura ajuda, multidisciplinar, cada um sabe uma parte do que fazer, Mesmo não gostando de remédios, de exercícios físicos e tudo o mais... Encara de frente e vai a luta. Após quase dois anos de tratamento, você sente mais os efeitos colaterais dos remédios que os benefícios, te faz engordar quase trinta quilos e a única coisa que realmente sinto que melhorou, é que eu consigo ficar mais tempo acordada com a família, que antes estava literalmente vegetando, Sem consegui dormir, apenas sonecas rápidas durante o dia, sem forças nem para sair da cama e à noite parecendo farol aceso.


Agora meu corpo está agindo de tivesse alguma doença degenerativa. não sei bem o nó que dei na mente, todavia, esse eu caprichei. estou andando de muletas e praticamente não estou fazendo nada. Tiveram dias que meu esposo me deu banho. E se não fosse minha família que sei quão sofrerão sem mim, nem quero pensar. Tenho certeza que pra mim acabou. NÃO CONSIGO ACEITAR COMO ESTOU, A DOENÇA, e sem essa aceitação não tem melhorar, Agora, como se resignar a tem dores de todos os tipos e lugares, hipersensibilidade a luz, toque, som, suas mãos tremem e não tem firmeza nem para segurar um papel, claro que não é sempre, mais incontáveis vezes, a pele que já sofria com dermatite atópica, explode em sensibilidades, tem um "profissional, médico" que até zombou dizendo que estou com alergia ao contado com tudo, era melhor ficar sem roupas e virar índia. Encefalias (dores de cabeça) , na ATM, em tantas partes que eu nem sabia que existia. Afetou a locomoção, sem muita firmeza nas juntas das pernas e pés e óbvio que não é indolor. Acabou com minha memória, que já era tão boa e com a cognição. o que me resta além de uma certeza da inutilidade, peso e fardo que virei?

Eu me pergunto quem ou o que sou eu? Até agora não sei quem sou ou quais fios puxar para me libertar desse aperto antes que eu sufoque de fez. Alívio pra uma, tristezas para alguns pouco,

Tiane d'Souz

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