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Cicatrizando

Convivendo com a Fibromialgia e problemas psicoemocionais.

Como disse Juvenal, o poeta romano: “Mens sana in corpore sano” (Mente sã em um corpo sã). Estou aqui buscando exatamente isso. O em busca da minha cura e cicatrizando.com é um veículo que encontrei para externar o que estou sentindo e vivendo. Além do desabafo que ajuda a aliviar, quero mostrar as(os) leitoras(es) que não estão sozinhas(os), sei que ninguém nos compreende, aqui podemos trocar experiências e ajudarmo-nos uma as outras (uns aos outros). Dedique alguns momentos para ler os meus posts e  compartilhar a sua história.

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Foto do escritorTiane d'Souz

finalmente temos um dia e mês, isso é bom, porém arrimo é melhor


Nunca imaginei que seria vital ter sustentáculos. Sempre tão forte, decidida, propugnáculo... Esse posição de atlante, agora cobra o preço, e é muito alto.

Por anos suportei tudo calada, sorrindo e bem humorada, achava que fazia parte da vida. Todos os problemas, meus e dos outros que pediam ajuda, resolvendo de todos, esquecendo de mim.

Um dia, sem avisar, cheguei a crise aguda da fibromialgia, que por contar isso preciso falar que ainda não sair dessa fase. O ápice da crise, foi como puxar o freio de mão, brecou, cavalo de pau, cantando pneus e todos os desgastes do maquinário. O melhor de tudo, na revisão está tudo ok fisicamente. O pior, a mente agora é um kremlin, com atalaias, cassabé se fechou, e quaisquer sinal de carga, as sentinelas não descansam, emitindo alertas provocando diversas "paeudoenfermidades",

Não tem mais como suportar tudo sozinha, apesar de força e coragem, precisamos de rede de apoio, não apenas os profissionais de saúde, quando a família pelo menos acredita que a dor é real, que depressão existe e é uma dor e um vazio incomensurável, a ansiedade e as crise, inclusive a crise do pânico.

Felizmente não estamos sós, o mundo começou a reconhecer. No entanto, o Brasil andando na contramão. Tenho esperanças que outras mulheres não precisem de 19 anos para um diagnóstico correto, que além do reconhecimento que a doença existe, que tenham leis que protejam.

O pior é o "achaímo", seres que pensam entender de tudo , todavia, além de não saber julgam e condenam como preguiçosas, frescas, dengosas, que reclamam sem motivos...

É vital sermos ouvidas, compreendidas, que tenham empatia.

Enquanto isso, devemos tirar o peso, aceitar nossa fragilidade e não pegar todos os problemas como nosso.

Vamos comemorar cada vitória, conquista, evolução e por já termos um dia e um mês em campanha mundial da fibromialgia, há uma necessidade gigantesca que as pessoas saibam quão difícil é ser um(a) fibromiálgico (a).



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